Resiliência

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domingo, 6 de setembro de 2009

A MORTE!!! PARTE IV




PRECISO DE TEMPO PARA ESCREVER SOBRE ESSE ASSUNTO, É MUITO DOLOROSO RELEMBRAR O MEU PASSADO, FOI A MANEIRA QUE ENCONTREI PARA ME SENTIR MELHOR!!!


Com o passar do tempo nada melhorou as coisas foram piorando, meu pai continuava fazendo suas maldades e estava ficando cada vez mais difícil esconder do meu irmão Rander (caçula) as coisas que meu pai fazia com minha mãe longe dele. Meu pai vivia como sempre ameaçando minha mãe de morte, que iria matar toda a família dela, só usava palavras de baixo calão palavras que jamais esquecerei. O tempo foi passando e meu irmão Rander ficando cada vez mais irritado com meu pai, cada dia que passava o ódio só aumentava do meu irmão com relação ao meu pai. Eu e minha mãe morríamos de medo e escondíamos tudo para ambos. Certo dia meu pai apareceu em casa já era noite e convidou meu irmão para ir a um churrasco com ele, meu irmão rapidamente aceitou e foram-se os dois para o churrasco que seria na casa de um amigo do meu pai chamado Lorinho. Saíram de casa 20h mais ou menos, quando foi 23h 30 meu pai apareceu na porta da cozinha de casa todo sujo de sangue falando que meu irmão tinha levado um tiro, vária carros com vários homens haviam seguido os dois assim que saíram da festa foi quando de repente começaram a atirar no carro do meu pai, mas que um tiro tinha acertado a cabeça do meu irmão. Minha mãe ligou para a irmã dela minha tia Sandra que veio o mais rápido possível, assim que chegou fomos direto ao São Lucas, pois meu pai tinha abandonado meu irmão no hospital e saiu escondido para que ninguém pudesse comentar algo sobre quem tinha levado aquela vitima lá. Pois meu pai estava em livramento condicional qualquer deslize voltava para a cadeia. Meu irmão foi transferido para o hospital Regional, foi quando podemos olhar ele bem rápido, pois já estava subindo para o centro cirúrgico estava com a cabeça toda raspada me lembro como se fosse hoje. Esperamos acabar a cirurgia os médicos vieram falar com o familiar que a cirurgia tinha corrido bem e que a partir daquele momento precisávamos rezar e aguardar a recuperação dele. No dia seguinte minha mãe teve que comparecer a delegacia para prestar esclarecimentos, ela foi e contou o que realmente sabia que meu irmão estava com meu pai em uma festa, todos policiais conheciam meu pai, não falou a mais nem a menos apenas o que ela sabia.
Chegando a casa meu pai perguntou o que ela tinha falado ela contou exatamente para meu pai o que ela tinha falado. Na mesma hora meu pai virou um bicho falou um monte de merda para minha mãe e disse que ela tinha que voltar na delegacia e mudar o que ela tinha falado se ela não fizesse isso ele iria matar a família dela. Minha mãe morrendo de medo voltou a delegacia e mudou tudo que ela tinha falado. Os policias sabendo do medo dela e sabendo quem realmente estava com meu irmão não fez nada a minha mãe sabia que ela estava fazendo aquilo por medo. Meu irmão ficou 1 mês em coma foi voltando aos poucos, chegou a ter alta, mas logo voltou ao hospital, pois não conseguia respirar sozinho. Um certo dia de manhã minha ligou em casa pediu para eu e meu irmão Ralph ir ao hospital que o Rander queria nos ver. Eu entrei primeiro ele me abraçou e chorou muito disse que ma amava mas do que tudo na vida dele, eu fui a melhor coisa que meu pai poderia ter feito na vida dele, mas que eu não tivesse ódio do meu pai que apesar de tudo meu pai me amava. Logo o Ralph entrou eles choraram muito também e depois ficamos um bom tempo lá dentro eu o Rander o Ralph e minha mãe olhando o meu álbum de formatura da 8º serie. No dia seguinte meu irmão precisou fazer uma cirurgia com urgência devido ao problema na respiração chagou a sair do centro cirúrgico de novo ficou no CTI, mas dessa vez ele nunca mais voltou para a casa o vimos ele pela ultima vez dentro do hospital sairia dali dentro de um caixão. No mesmo dia que ele operou pela segunda vez fomos para a casa iríamos retornar no outro dia para no horário de visita, mas não foi possível quando foi 3h da madrugada a rua de casa estava cheia de carro era os meus parentes que tinham recebido a noticia por telefone antes de nós, minha mãe sentiu tudo quando eles chegaram ela estava de pé na janela do quarto não conseguia dormir aquela noite, quando ela os viu na rua falou para si mesma meu filho morreu.
Foi horrível uma choradeira eu não consegui acreditar o monstro do meu pai estava dentro de casa e chorava igual uma criança aquilo me dava nojo. Meu pai que resolveu tudo sobre o velório enterro, meu irmão ficou muito tempo sendo velado meu pai seguro o Maximo que ele pode foi horrível não agüentava mais aquela situação. Foi então que chegou a hora, enterrei uma das pessoas mais preciosa que eu tinha na minha vida, era uma dor horrível uma dor na alma. Com relação ao tiro nunca deu em nada, o tempo foi passando a dor foi amenizando e ficando só a saudade. Depois da morte do Rander, o meu irmão mais velho Ricieri não se conformava com a morte, afinal o irmã dele tinha morrido e ninguém tinha feito nada e o monstro do meu pai continuava freqüentando a casa da minha mãe, Foi então que o Ricieri caiu na bebedeira bebia dia sim e no outro também, pois era um fraco queria matar meu pai mas não tinha coragem, pois o único que tinha coragem tinha morrido. Passado 6 meses depois da Morte do Rander eu estava sentada em frente a casa da minha amiga Carol, quando meu irmão Ricieri passou por mim de moto e gritou: Loira da Minha vida EU TE AMUUU!! Acenei para ele mandei um beijo e ele continuou andando com a moto dei muita risada, ele tinha tomado umas. Não passou nem 5 minutos vejo um monte de gente vindo correndo em minha direção ao chegarem perto de mim começaram a gritar Rossi seu irmão virou a esquina e caiu de moto um menino de bicicleta entrou na frente dele, ele desviou e acabou caindo. Fui correndo para ver o que tinha acontecido, cheguei no local ele estava caído no chão, falei com ele pedi para que falasse comigo, ele só resmungava, pensei está bem pois tinha sido um tombo besta, era o que todos estavam dizendo. O resgate logo chegou foi eu e meu outro irmão com ele para o hospital, não tivemos nem tempo de avisar minha mãe. Chegando no hospital já ouvi a voz dele no corredor brigando com todos que estava bem e queria ir embora, e comecei a dar risada era muito chato quando bebia. Conversei com o médico ele falou que iria fazer alguns exames nele que iria demorar um pouco eu disse: vou para casa avisar minha mãe e depois voltamos. Cheguei em casa contei para minha mãe que ele já estava bom, estava até brigando com todo mundo lá, até minha mãe deu risada. Nesse dia não voltei ao hospital tinha ido a uma festa com minhas amigas, minha mãe voltou com a mulher do meu irmão. Quando cheguei da festa passei pelo quarto da minha mãe e perguntei: como o Ri ta, porque ele não está em casa . Minha mãe disse que a hora que ela tinha saído do hospital ele tinha piorado começou a vomitar tinha sido transferido para o CTI, pois tinha dado um problema na cabeça dele devido a batida e que ela iria voltar no outro dia no horário da visita. Quando minha mãe chegou ao hospital para visitar meu irmão, ela entrou na fila para pegar o papel, foi quando ali mesmo ela recebeu a noticia que meu irmão tinha falecido estava sozinha saiu correndo pela rua gritava igual uma louca, nesse mesmo momento meu tio estava chegando em casa perguntando pela minha mãe e eu disse que ele tinha ido ao hospital, meu tio já sabia da morte me levou para dentro de casa e contou-me. Juro que naquele momento eu não consegui acreditar mais um irmão NÃO, era muita coisa para uma família só, só pensava na minha mãe ela não iria agüentar fazia 6 meses que tínhamos enterrado o caçula dos homens. Não podemos colocar ele com meu outro irmão, tivemos que enterrar em outro lugar, pois não podia abrir o tumulo do Rander fazia apenas 6 meses que ele tinha morrido. Até hoje não acredito, parece mentira sonho com eles sempre acho que eles vão entrar pela porta a qualquer momento, a dor passa, mas fica uma saudade imensa. Nessa época eu tinha 15 anos hoje estou com 29 anos e faz um ano que descobri o que realmente aconteceu, quem matou meu irmão Rander e como foi, descobri isso em um almoço de família, domingo de páscoa.