Resiliência

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Mudanças


Por que é tão difícil Mudar? Primeiramente cometo os mesmos erros umas cinco vezes para saber se errado mesmo, ai paro e penso! Mas só penso e continuo cometendo erros e mais erros e tentando achar um culpado, porque é bem mais fácil achar um culpado, ai vem sua consciência e grita: a culpa e toda sua ai começa aquela conversação, vc com sua consciência que não vai dá em nada. Um ano novo se começa e queremos mudanças, uns fazem listas com pelo menos dez itens, outros traçam pelo menos um objetivo a ser conquistado, no decorrer dos meses, as mudanças e objetivos acabam sempre ficando de lado, pois temos uma facilidade de desistir das coisas, achar que tudo vai dar errado, que mudanças demoram e passamos a aceitar o que temos e está bom, apesar de termos a certeza que merecemos mais, muito mais. Preocupamo-nos mais em achar a tampa da panela, por que esse sim é um objetivo traçado os anos estão passando não aparece ninguém, bate aquele medo se ficar para “Titia”. Qual o problema em ser uma frigideira? Seria mais fácil ser uma frigideira sem tampa do que ficar tentando achar uma panela com tampa. Somos burras achamos que felicidade eterna e ter o amor da vida ao lado Homem/Mulher). Tá certo que ninguém fica sozinha, a Deusa interior grita por alguém. Acredito que tudo tem seu tempo certo, mas precisamos estar bem com nós mesmos se tudo está uma porcaria só vai encostar porcaria. Há coisas para as quais não nascemos ou passaremos a vida inteira lutando contra a nossa natureza. Mudar o jeito de agir é difícil, por mais que sabemos que está tudo errado, que está tudo de cabeça para baixo é tão mais fácil aceitar o que temos, que no caso não é nada, mas levantar, lutar e mudar e difícil demais. Assumir o controle da própria vida parece muito simples, mas é desafiador. Será que não deixamos de ouvir nossa Deusa interior, nossa voz interior gritando o que nós já sabemos de cor? Não é uma boa malha e uma ótima academia que vai nos transformar. É você. Sou eu, somos nós. Não depende de mais ninguém para assumir o controle da própria vida. São tantas perguntas, tantos porque, por que, por quê que as vezes achamos que vamos enlouquecer e nesse exato momento que começamos a errar tudo de novo, ficamos fracos vulneráveis e prisioneiros de nossas escolhas. É exatamente essa a sensação que tenho hoje ao olhar ao meu redor e ver o mundo com os olhos de quem tirou alguns chips de lucidez: o mundo está amargo sem amor nenhum ao próximo, preconceito inaceitável está tão difícil viver e mesmo assim saímos por ai dando uma cabeçada atrás da outra. A verdade é que, como bem identificou Freud, temos de buscar na primeira década de nossas vidas a resposta para nosso entendimento da relação existencial que estabelecemos com os outros, os fatos de nosso cotidiano e, principalmente, com nós mesmos. O medo de mudar envolve muitos aspectos que, por vezes, paralisam as pessoas, fazendo com que elas permaneçam onde estão. O importante é não se deixar paralisar diante das incertezas e transformar toda essa complexidade em um grande desafio a ser vencido. Devemos parar de transformar um pequeno problema no pior problema do mundo. Somos seres humanos com limitações mas sempre passamos do limite, o certo mesmo é ao menos tentar mudar, por que mudar é sempre bom. Não ter medo de errar é ótimo, pois só erra quem faz, mas errando e mudando, não cometendo o mesmo erro cinquenta vezes como faço rsrs. Só faz quem não tem medo ou quem consegue enfrentar seus fantasmas dizendo: eu posso! Vale a pena. Conclusão devo estar ficando louca rsrsrs escrevo, escrevo e nem eu entendo a teoria que aprendemos e sabemos de cor é linda o difícil mesmo é colocar tudo em prática. Sou uma ótima conselheira, mas nem eu sigo meus conselhos rsrsrs. Uma meta vou tentar cumprir esse ano, ouvir mais e falar menos, quase nada, pois sou responsável pelo que digo e não pelo que as pessoas entendem. COMO É DIFÍCIL MUDAR.

"Dedo Podre"

Dedo podre Por que algumas pessoas só escolhem parceiros inviáveis Chega um momento da vida adulta, depois de um ou dois tropeços, em que somos obrigados a refletir sobre as nossas escolhas afetivas. Para um amigo de quem eu gosto muito, esse momento chegou por volta dos 35 anos, quando ele percebeu que estava sofrendo – de novo – por uma mulher que não gostava dele. Num momento de lucidez, ele se deu conta de que havia um padrão no seu comportamento, e que ele levava, invariavelmente, a um pé na bunda. Na dele. Começo com essa história corriqueira para falar daquilo que chamam de “dedo podre”, a capacidade que têm algumas pessoas, homens e mulheres, de escolher sempre o parceiro errado. Há muitas pessoas assim. Elas não têm sexo, idade ou tipo físico determinado. Nem o temperamento delas é parecido. Em comum, têm apenas essa terrível inclinação a se ligar emocionalmente a gente inviável – que, por uma razão ou por outra, é incapaz de manter com elas o tipo de relação que elas gostariam de ter. Eu não sei como esse dedo aparece, mas tenho algumas suspeitas. Ao contrário do que se diz, minha primeira impressão é que não se trata apenas de azar. Se o primeiro namorado da Fulana era um malandro mentiroso, o segundo um psicopata ciumento e o terceiro ainda está apaixonado pela ex-mulher, não dá para culpar a falta de sorte. Fulana, claramente, não sabe escolher. Continua sendo uma coitadinha, mas a responsabilidade é dela, não do destino. Suspeito que por trás de cada escolha equivocada exista sempre uma alma carente. É óbvio, né? Quem precisa demais da atenção dos outros não consegue julgar ninguém direito. A pessoa se agarra ao primeiro que passa, cai na primeira conversa que escuta, se apaixona por qualquer um. Falta critério a quem precisa demais de carinho. Gente assim torna-se extremamente vulnerável. Vira uma presa fácil dos truques, desmandos e caprichos dos outros. Além da carência, há o velho problema da autoestima. Ou da falta dela. Quem gosta de si mesmo fica melhor sozinho, quem gosta de si mesmo procura gente que lhe faz bem, quem gosta de si mesmo busca uma pessoa especial, porque sente que merece. Quem não se gosta faz tudo ao contrário. Tempos atrás, uma analista me disse que a pessoa que a gente escolhe diz muita coisa sobre nós. Ela conta, sobretudo, como vemos a nós mesmos. Faz sentido, não? Alguém que se envolva sistematicamente com tranqueiras está informando ao mundo que não se acha melhor do que aquilo. Gente que se deixa maltratar e humilhar anuncia aos quatro ventos que não tem respeito por si mesmo. O contrário também é verdadeiro. Quando alguém que conhecemos aparece ao lado de uma pessoa alegre, altiva e generosa, quando exibe uma relação apaixonada e sólida, nossa impressão sobre ele ou sobre ela cresce. Nem poderia ser de outra forma. Diga-me com quem dormes e te direi quem és. Ou, pelo menos, como te imaginas. Antes de encerrar, eu queria deixar claro que não acho que escolher seja fácil. Sobretudo no mundo em que a gente vive. Há gente demais à nossa volta, as opções são muitas e a confusão é enorme. Ao contrário do que diz aquele juiz de futebol na televisão, as regras não são claras. Mas, se a vida não oferece garantia contra enganos, ela nos dá alguma inteligência para perceber quando eles estão se repetindo. Isso nos permite tomar providências. Por ter vivido e observado, sei que “dedo podre” tem cura. Não é como aquela dor no baço da adolescência, que simplesmente passa. Carência, falta de autoestima e ausência de ambição sentimental (“pra mim, qualquer um serve”) têm de ser ativamente combatidas. Com ajuda externa, se necessário. O amigo a que eu me referia no início desta coluna fez anos de análise para colocar seus sentimentos no lugar. Demorou, mas um dia percebeu os fatos elementares da vida amorosa: não existe amor sem reciprocidade, não há vida comum sem afinidade, o desejo não compensa sofrimento. Com isso, o dedo podre dele ficou no passado. E o seu?